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6 de junho de 2011

Pedras e palavras afiadas.


Ela tinha lágrimas que vinham de dentro, uma angústia que passava pra fora, uma coragem que fugia pra longe, um coração que se perdeu de tanto olhar pros lados.
Ela implorava pelo amor de Deus pra aquilo passar, gritava aos quatro cantos - internamente, claro - e queria que o mundo parasse, pelo menos por um segundo de lhe tacar pedras, de atirar-lhe palavras afiadas.
Não sabia se corria ou se parava, se ouvia ou se falava, se perdoava ou deixava assim... só sabia que o frio era muito, e ele não passaria nem com todas as cobertas e cafés existentes, ele não passaria com um simples dia de verão, talvez ele nunca se fosse.
Ela tentava se lembrar, em que ponto foi que quebrou seu coração pela primeira vez, e das dezenas de vezes seguintes também não se lembrava, mas ela sentia, sentia sim, pois a dor de todas as quebras, rachaduras, trincados, está tudo bem vivo nela, às vezes adormecente e às vezes acordado de mais.

2 comentários:

  1. você tem muito talento garota, espero que você ainda possa fazer sucesso com seus textos, pois você merece todo o sucesso da Clarice por exemplo. Parabéns!!!

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