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10 de março de 2011

Sorrir


Ela sorria, dia após dia, uma quase felicidade surpreendente, na verdade todo mundo sabia que um sorriso não podia durar tanto tempo.
No fundo, eram gritos de socorro, apelo por atenção, da forma dela.
Ela sorria, os outros se aproximavam para saber o motivo, criavam círculos de amisades.
Ela sorria, e era isso que à dava força, apesar dos problemas familiares, escolares, amorosos.
Ela sorria e parecia feliz, tanto que quase não transparecia dor, quase. As pessoas sempre viam, uma lágrima perdida e parada em seu olhar, o que as pessoas não viam era o seu coração partido, vazio, quase sem habitantes, mas o que mais prejudica são esses "quases", o morador do seu coração era um vilão, ele não sentia, mas fingia, ela sabia que ele fingia, ele sabia que doia, ele não se importa, ninguém se importa.
Ela queria colocar a cabeça num ombro amigo e chorar, como nunca fez antes, como ninguém nunca viu, todas as lágrimas contidas, todos os soluços presos, todas as palavras de dor não ditas, ela quer fazer isso, para assim depois superar tudo, e sorrir, dessa vez de verdade, de dentro para fora.

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